Frederico Ciongoli
(*)
Constelação Familiar é uma nova visão terapêutica criada
pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, onde o ser humano é olhado não como
um ser isolado, mas como alguém que tem uma história familiar que atua através
dele. É um método que revela de forma surpreendente as dinâmicas ocultas do
inconsciente do sistema familiar, o que nos permite encontrar soluções para os
problemas de relacionamento entre os membros da família e/ou grupo social.
Através dessa técnica você compreende que todos os membros de uma família,
vivos ou mortos, estão energeticamente presentes na estrutura familiar,
influenciando nossos sentimentos e muitas vezes nossa saúde.
Leis Sistêmicas
Através de décadas de observação, Bert Hellinger
descobriu a existência de três Leis Sistêmicas que atuam de maneira oculta e
inconsciente na família, tendo os membros familiares conhecimento delas ou não,
quais sejam:
Direito de pertencer
Ordem de chegada
Equilíbrio entre dar e receber
Quando estas leis são desrespeitadas todo o sistema
familiar entra em desequilíbrio, gerando conflitos de toda a ordem. Estas leis
são explicadas detalhadamente na abertura de um workshop.
Como participar
O workshop de Constelação Familiar é sem dúvida uma
experiência mágica e surpreendente, onde você pode participar de duas maneiras:
como expectador, onde você é convidado a representar membros da família de
outra pessoa ou como cliente que vem “Constelar” ou seja, que traz uma questão
pessoal.
Como se desenvolve a vivência
O cliente coloca a sua questão e o terapeuta colhe
informações sobre os acontecimentos mais importantes da vida do cliente, de
seus pais e avós. Vale ressaltar que o cliente não precisa revelar segredos de
si mesmo e nem dos membros da família. Com base nessas informações o terapeuta
pede ao cliente para escolher entre os participantes do grupo, representantes
para si mesmo e os principais membros da família, e os posicionada no espaço da
sala de acordo com as suas imagens internas.
O terapeuta pergunta aos representantes suas sensações
corporais, sentimentos e percepções. A partir daí o facilitador, se necessário,
altera o posicionamento dos representantes na constelação e pede a eles que
digam frases para o fim de buscar uma solução. O passo final é a colocação do
cliente no lugar do representante na constelação. Tal procedimento é muito
importante, uma vez que o cliente poderá SENTIR com toda a força a dinâmica que
trouxe a reconciliação e solução para o seu problema. Nesse momento ele SENTE e
NÃO RACIONALIZA a solução. É só assim que a verdadeira CURA pode ocorrer.
Questões que podem ser trabalhadas
Problemas de relacionamento entre os membros da família;
Problemas de relacionamento entre casais, namorados e
amantes – podem ser trabalhados problemas de relacionamento atual e também
conflitos e traumas não resolvidos com os parceiros anteriores;
Apego e desavenças com ente querido já falecido, por
exemplo: luto ou dor não vividos, culpa reprimida e outros sentimentos que
aprisionam;
Pessoas rejeitadas ou excluídas da família;
Dinâmicas ocultas dos triângulos amorosos,
homossexualidade e incesto;
Dificuldades para engravidar, adoção e abortos;
Distúrbios de comportamentos, tais como: agressividade,
culpa, medo, tristeza, ansiedade, depressão e etc.;
Transplante de órgãos, consequências psicológicas e
espirituais;
Dependentes químicos (não podem estar “em surto” ou em
abstinência).
Saiba mais: acesse nossas Perguntas frequentes
(*) É advogado colaborativo e Terapeuta
de Constelação Sistêmica Familiar e Empresarial. É professor de “Constelações
aplicadas no Direito de Família” do curso de extensão promovido pela Escola
Nacional de Advocacia/AASP e IBDFAM.