EM
UMA FAMÍLIA, TODOS ESTÃO PRESENTES
Ao se falar de Constelação Familiar, terapia
que atua nas questões
do cliente, tendo o olhar e foco
direcionados para as dificuldades
vividas pela família de origem, algumas
pessoas confundem esta abordagem com
religião. Principalmente com
espiritismo. Temendo esta conexão, se afastam, sem conhecimento prévio. Aqui neste artigo, vamos
explicar o que é possível e valido entender sobre um dos pilares em que se apoiam as Constelações Familiares: o vinculo com os antepassados.
O primeiro vinculo que mantemos com o mundo é a
família que funciona como suporte e
átomo da existência. O único meio de se chegar à vida é através de pai e mãe. Não há outro. Quando
nascemos, nossos pais já estão inseridos,
social e biologicamente, em suas famílias de origem. Ou seja, todos aportamos
no mundo por meio de uma família. O grupo
que nos gera, ao longo do tempo, recebeu varias denominações. Tem sido chamado, pela antropologia e pelas ciências
humanas, de gens, hordas,
tribos, sociedade , etc. Sua
denominação e composição têm sido variável. Ainda assim, o núcleo familiar continua sendo
a base social da organização humana e o
portal por onde a vida encontra um caminho para existir. Através deste núcleo que nos faz SER
e ESTAR na vida, um campo de
possibilidades, então, se abre. Entramos
para a existência por
este campo, com tudo que ele
contem. Herdamos daí, do portal da vida, uma
densa trama da alma familiar que zela
pelo nosso pertencimento e, em geral, tece o nosso destino. Somos
indivisíveis deste tecido de geração da vida, desta alma familiar. Para sempre, seguimos
com suas características que
se expressam na constituição biológicas, físicas, emocional, nos talentos,
dons, e, as vezes,
nos comportamentos.
Ao falarmos desta alma
familiar estamos falando de uma força que
transcende à nossa psique, historia individual e ao
tempo linear em que vivemos. Ela é plena de memória, amor e sabedoria. Tudo sabe e contém. Desse modo, nutre
nossos sentimentos e emoções. Suporta nossas dores, desconfortos e sintomas.
Entende-se que faz parte de uma alma maior,
a alma universal, que abriga
todas as almas individuais e familiares,
da qual somos filhos
privilegiados.
Como um Rio, a
alma familiar fluí para todos que fazem parte dela. No seu fluir
inclui e zela pelo pertencimento de cada membro da
família; põe ordem, colocando cada indivíduo,
no seu lugar de pertencimento, abre para todos espaço de amor. Como o rio permanece vinculado à fonte
que alimenta seu curso, todos nós, para sempre,
permanecemos vinculados às nossas
famílias e almas familiares .
As constelações Familiares agem nos movimentos desta alma vinculada, no seu saber e memoria, onde nada, do que um
dia existiu, se perde. Tudo que
nela for colocado, ( historias, sonhos, sofrimentos vividos ou causados,
etc.) em algum nível e tempo, será compartilhado
por alguém de outra geração, próxima ou distante. Isto acontece através de
uma força que Bert Hellinger (o criador das Constelações Familiares) chama de “consciência comum e coletiva”. Esta
consciência inclui todos: antepassados e descendentes ou sucessores.
Antepassados e sucessores compõem uma extensa cadeia familiar. Na “imensa vida” várias gerações de antepassados e descendentes
permanecem juntas, em sintonia, e reciprocamente conectados com o destino
individual e familiar, reafirmando a compreensão de que, em
uma família, todos estão presentes: os
que SÂO, os que FORAM e os que NÃO PUDERAM SER.
Nisso não há nada religioso nem qualquer ligação com a
doutrina espirita.
(*) Assistente Social –CRESS-SP 1648- Facilitadora de
Constelação Sistêmica Familiar
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