segunda-feira, 1 de julho de 2013

A RELAÇÃO DE CASAL NAS CONSTELAÇÕES FAMILARES


Mazé Fontes (*)
As constelações familiares também ajudam casais com dificuldades no relacionamento conjugal. A relação entre o homem e a mulher é básica nessa terapia que tem como foco os “movimentos da alma” . A questão do casal é vista pela Constelação Familiar  a partir de contextos existenciais mais amplos. Ela examina, por exemplo, no sistema familiar de ambos, a relação entre vivos e mortos, entre agressores e vítimas, a guerra, mortes precoces, o exílio, os conflitos de nacionalidades ou religiões.
O amor em si, ou apenas o amor, não é suficiente para manter ou salvar a relação conjugal. Algo mais influi. O que se tem percebido através das constelações familiares é que as desordens do amor e os destinos difíceis vividos por antepassados (de um dos pares ou de ambos) voltam a se repetir  afetando com seus efeitos a relação conjugal e as relações familiares.
“O sucesso do  amor entre o homem e a mulher talvez seja o nosso anseio mais profundo, e o fracasso desse amor faz parte de nossos medos e sofrimentos mais intenso,” diz Bert Hellinger. Para que o amor dê certo, os parceiros tem que respeitar as ordens do amor: pertencimento, hierarquia e equilíbrio de troca. Desconsidera-las cria emaranhamentos (necessidade inconsciente de alguém repetir a vida, o destino ou a culpa de um antepassado) contribuindo para que a separação aconteça.
A prática das  constelações familiares têm apontado para o fato de que muitas das dificuldades de relacionamento conjugal estão associadas ao emaranhamento que envolve a alma familiar do casal. Os parceiros continuam vinculados a seu sistema de origem. E a este são fieis. Isto é lei natural da alma. Esta hipótese de trabalho exige atenção inicial para o que ocorreu na história do casal, em sua família de origem. Investiga-se o que aconteceu por obra do destino ou por responsabilidade pessoal de um ou de ambos os parceiros.
Entre outros, os fatores que podem levar o casal ao limite do relacionamento, encontram-se: vínculos anteriores não honrados; ocorrências traumáticas no relacionamento conjugal; a ordem confiável na família; acontecimentos e destinos trágicos nas famílias de origem; o fluxo do amor interrompido;  a fascinação de um parceiro pela morte; comportamento cego de ambos os parceiros com respeito a destinos e eventos anteriores.
Em fim, no atendimento de casal, a constelação familiar funciona como ação terapêutica e acontece no campo da família atual e de origem. O ato terapêutico interrompe interações destrutivas presentes no relacionamento, torna conhecido, o emaranhamento que vincula os dois às dificuldades de gerações anteriores na família de ambos e possibilita ao casal experiências e soluções importantes no âmbito da alma.
(*) Mazé Fontes – Assistente Social –CRESSP 1648 – Facilitadora de Constelação Familiar Sistêmica


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