(*)-Roberta Engle Barsotti De
Souza
Com a entrada da mulher no mundo
profissional, a conquista de decidir sobre o momento de ter ou não ter filhos
em decorrência dos métodos anticoncepcionais, a liberdade sexual, a inseminação
artificial, o divórcio, cargos de destaque em empresas , na política, entre
outros pode-se dizer que houve uma reinvenção, onde a mulher assume novos
papéis e novos desafios – ou seja, os papéis de homens e mulheres já não se
vinculam mais à identidade sexual e sim à condição humana e a necessidade de
cada família. Atribuir à mulher o papel de cuidar do lar e ao homem o de prover
o sustento da família tornou-se um modelo arcaico que remonta aos primórdios da
civilização, soando hoje como um estereótipo ultrapassado.
No
entanto, a mulher só se torna completa quando respeita profundamente e
reconhece a importância dos homens na sua vida - seu pai, seu marido, seus filhos
– independente do que tenha acontecido, o que muitas vezes não acontece. Por
orgulho, sofrimento entre outros motivos, muitas mulheres vetam o acesso de
seus filhos a seus pais, o que é um erro grave. Também são comuns crenças
fortes em famílias matriarcais, como por exemplo, “os homens são uns fracos”,
“não precisamos dos homens para nada”, “homens não prestam”, entre outras,
passadas de geração a geração de mulheres.
Através do trabalho de Bert Hellinger - criador da abordagem
terapêutica chamada de Constelações Familiares Sistêmicas, sabemos que quando
excluímos alguém do sistema familiar, um outro tenta ocupar o lugar de quem
está fora, o que faz exatamente com que o filho que a mãe proíbe o acesso ao
pai, torne-se exatamente igual a ele, repetindo justamente o comportamento que
a mãe repele, como a agressividade, o alcoolismo, vícios em jogos, entre
outros.
É
necessário que as mulheres reconheçam que sem os homens não existem filhos, e
que os filhos são 50% da família da mãe e 50 % da família do pai, ou seja, para
que a perpetuação da espécie tenha êxito, precisamos do homem e da mulher.
É muito
importante que as mães permitam o acesso e a entrada do pai na vida de seus
filhos – independente do que esse pai tenha feito - pois a mãe dá a vida, porém,
é o pai que conduz à vida, senão o mesmo fica na simbiose, preso no
mundo materno, o que pode causar diversas doenças, principalmente a dependência
química e o fracasso nos relacionamentos futuros dos filhos.
Não é tão fácil fazer
isso, principalmente quando a mulher sofreu muito em seus relacionamentos com
os homens, de uma maneira geral. Mas através deste trabalho, conseguimos ter
uma compreensão surpreendente dos fatos e motivos que levaram a esse
sofrimento, o que naturalmente nos livra do peso dos traumas e nos dá leveza na
vida, abrindo novas possibilidades, para mães e filhos.
Portanto,
com gratidão e respeito aos leitores deste jornal, deixo esse alerta: Mulheres, nós nos tornamos muito mais mulheres, femininas, sedutoras,
plenas e felizes quando reconhecemos e respeitamos os homens em nossa vida e na
vida de nossos filhos. Tenha orgulho sim de poder dar a luz, mas a sem a
arrogância de acreditar que pode fazer isso sozinha!
Parabéns a todas as meninas, adolescentes, mulheres, mães,
avós, bisavós e ancestralidade feminina do Universo! Namasté!
(*) Musicoterapeuta clínica e terapeuta de
Constelações Familiares – Atibaia – SP
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