quinta-feira, 11 de julho de 2013

É POSSÍVEL CURAR OS MORTOS COM AS CONSTELAÇÕES FAMILIARES?

Vera Lucia Muniz Bassoi  (*)
Em uma família todos estão presentes: os que são, os que foram e os que não puderam ser”, quero falar um pouco sobre os que foram e os que não puderam ser – OS MORTOS.
Não importa qual seja a questão do cliente,  quando vamos facilitar uma constelação, verificamos que a grande dor do ser humano é a separação, principalmente a  causada pela morte.
Quero falar sobre isso do ponto de vista de quem não está mais no corpo físico. Essa é a grande vantagem de quem trabalha com as constelações familiares, poder observar diretamente como é que os mortos, do sistema em questão, estão se sentindo. E isso é possível porque  pessoas vivas podem ser representantes de pessoas mortas e, por ressonância energética são captadas as sensações e emoções daqueles que continuam vivos em outra dimensão.
Precisamos acabar com a crença de que quem morreu, descansou! Isso  é falso. Nas constelações vemos representantes de pessoas que morreram nas guerras, em acidentes, assassinados, ou que se suicidaram e os que foram vítimas de abortos provocados,  mostrando intenso sofrimento emocional e físico, pois lhes falta a  consciência de que já estão em outra dimensão. Estes seres ficam presos na dor. Os abortos provocados se afastam da representante da mãe invariavelmente e expressam que sentem seus corpos sendo destroçados. Quem morreu queimado, mesmo que o representante desconheça o fato, sente-se pegando fogo, ardendo, dores insuportáveis, dificuldade de respirar. Muitos, muitos mesmo, permanecem em sofrimento físico, independente do tempo em que o fato ocorreu. Essas almas podem ser curadas pelos facilitadores de constelação que, durante o processo, lhes trazem a consciência de que já estão livres do corpo e são apenas energia e luz. No entanto, é preciso saber fazer isso com muito cuidado, respeito e, sobretudo, com amor. É preciso aprender a fazer isso, pois, aquele que acha que é só chegar e dizer para o outro: - escuta, você já morreu, e só está aqui atrapalhando porque está no lugar errado, etc...  corre o risco de causar um dano ainda maior. Não é fácil lidar com essa situação! Eu mesma tive que aprender O COMO fazer, e procuro ensinar àqueles que se interessam em desenvolver esse aspecto da cura das almas. É importante deixar claro que isso nada tem a ver com religião.
Outros “mortos” carregam a raiva,  o ódio, a mágoa daqueles dos quais se acham vítimas e vemos a manifestação das dores emocionais através do comportamento dos representantes. De repente vem à tona alguma situação ocorrida no sistema familiar do cliente, o qual pode se lembrar, por exemplo, de alguma briga por herança. Aquele que morreu não encontra a Paz enquanto não houver a oportunidade de se confrontar com a pessoa que o lesou ou que foi por ele lesado. Isso também cabe ao facilitador da constelação saber como proceder, tendo, da mesma forma, todo cuidado, respeito, não julgamentos, não tomada de partido, para que haja a reconciliação e os que já se foram possam encontrar a  paz.
Pois bem, eu poderia ficar aqui citando casos e mais casos de diferentes ordens de conflitos ou de desordens emocionais, e a oportunidade de tomarmos consciência de que todos esses mortos podem ser curados, durante a constelação, é o ponto mais intrigante para mim, pois numa só constelação observamos a cura de muitas almas ali envolvidas na história de vida do cliente ou de sua família. Enfim, é visível que quando os mortos encontram a Paz, todo o sistema familiar pode entrar novamente em harmonia. Finalizando é bom deixar claro que não tem Constelação Familiar  nada a ver com religião.
(*)-  Graduada em Ciências Sociais e Políticas pela USP. 
      Idealizadora e administradora da CBCS-
     Facilitadora de Constelação Familiar Sistêmica

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