segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UMA METÁFORA PARA O PROCESSO DE PSICOTERAPIA...

Revisando e Renovando a Bagagem

(*) - Adaptado por Gláucia Jordânia Silva



Imagine que você é um viajante. E, como viajante, em sua longa caminhada, você vai passando por muitos lugares. Muitos lugares... e de cada um, vai levando alguma coisa. E sua bagagem vai aumentando. Às vezes, muitas vezes, você adquire algo sem nem saber porquê ou para quê. Outras vezes você já sabe qual vai ser sua finalidade. Você pode também ganhar muitas coisas e encontrar outras em seu caminho. Tudo você guarda e carrega em sua bagagem. Coisas que vê, que ouve, que percebe, que sente, que experimenta. Coisas que você pode nem se dar conta de onde vieram. E com isto sua bagagem vai crescendo, crescendo... e muitas vezes vai se tornando cheia, pesada, desorganizada, difícil de carregar...
E então chega um momento em que, cansado, você sente necessidade de parar, abrir, conhecer e começar a organizar sua bagagem. Muitas vezes você não tem tempo para fazer isso enquanto caminha. Então você para em um lugar agradável, seguro, tranquilo, reconfortante. Um lugar bem propício para olhar e organizar suas coisas e se organizar. E você começa a abrir sua bagagem, suas malas, e a olhar seus conteúdos. E enquanto você vai vendo e revendo seus conteúdos, você se recorda de coisas que tiveram ou têm algum significado, algum valor, algum sentido para você. E encontra na sua bagagem coisas que você nem sabia que carregava. E aos poucos, você pode ir jogando fora o que não precisa mais, o que não tem mais valor ou sentido para você, e guardando aquilo que têm. Você pode também ir arrumando, arranjando uma nova disposição para seus pertences, organizando, reorganizando, ajeitando sua bagagem de novas formas, mais úteis e mais agradáveis para você. Agora você está começando a escolher o que quer levar consigo.
E depois de um tempo, refeito, renovado, reenergizado, você pode retornar à sua viagem. Sabendo agora que, se e quando você precisar, você sempre pode parar, tomar mais um tempo para você e para rever e rearranjar sua bagagem.
E você segue levando sua bagagem. Ela tem sim algum peso. Mas você sabe agora que ela também constitui sua riqueza.

(*) - Adaptado por Gláucia Jordânia Silva do texto de autoria de Angela Cota [Grupo de Crescimento - (págs. 36, 37 e 38), de Teresa Robles, Editora Diamante, Belo Horizonte, 2005.]

domingo, 29 de setembro de 2013

O PROFESSOR E A POSTURA SISTÊMICA...

Hellen Vieira/ 2013.
Segundo Marianne Frank (2005), a relação dos professores com sua família de origem influencia na postura sistêmica. Os professores que concordam de coração, com seus contextos familiares, com sua família de origem, terão com facilidade uma atitude positiva para com a família das crianças e jovens que lhes são confiadas e reconhecerão também os efeitos dos destinos pesados na criança.
FRANKE, Marianne. Você é um de nós. Editora Atman, 2005.
Nas escolas que atendemos percebemos que alguns professores ficam angustiados por não suportarem o destino das crianças... Muitas vezes, esse destino é parecido com o destino da sua própria família de origem. Dinâmicas variadas podem atuar nesse contexto. A postura sistêmica abre um novo olhar. 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CONSTELAÇÃO FAMILIAR TERAPIA DE RESGATE DAS RAÍZES ANCESTRAIS


Por : Mazé Fontes (*)
Constelação Familiar Sistêmica é uma terapia breve, feita em grupo ou individualmente, por meio da qual é possível identificar, solucionar problemas e conflitos de pessoas, empresas e organizações. Apóia-se na abordagem Sistêmica Fenomenológica, a qual afirma que todo indivíduo é integrante de um sistema, dentro do qual influencia e sofre influências de outros membros.
 O sistema mais básico de cada pessoa é o sistema familiar. Neste, questões vividas por gerações anteriores são repassadas, por uma memória do sistema, para gerações posteriores. Funciona mais ou menos assim: injustiças cometidas, mortes precoces, suicídios, abortos, etc.,  podem inconscientemente afetar a vida dos descendentes com enfermidades inexplicáveis, depressões, novos suicídios, relações de conflito, dificuldade de estabelecer vinculo duradouro com parceiros, comportamentos conflitantes entre familiares, etc.
Complicou? Então, é possível que uma imagem explique melhor o que estou tentando dizer. Vamos a ela: quando alguém amassa a forma de um bolo e deixa assim, todos os bolos feitos nesta fôrma assumem o formato do amassado que ela contém. A partir dai todos os bolos sairão tortos, deformados. A reprodução do formato desse amassado é inevitável. Ele só deixa de se repetir quando alguém desamassa a fôrma. Aí um bolo inteirinho pode ser feito.  É isso também o que acontece com as famílias. O emaranhado também se repete através de gerações até que alguém entenda e “desamasse” a fôrma que entorta o bolo familiar. A partir de então, surge pureza e força na família. Quando isso acontece o sistema familiar se fortalece,  ganha vitalidade, força e equilíbrio.A geração que entortou a forma e as seguintes são beneficiadas igualmente. Neste sentido a Constelação Familiar é uma terapia de resgate de raízes ancestrais.
ORIGEM E FUNDAMENTAÇÃO
Bert Hellinger, filósofo e psicoterapeuta alemão, descobriu que por amor, lealdade e fidelidade à família, quando algum ancestral deixa situações por resolver, pessoas de gerações seguintes trarão o sentimento, o comportamento e a ação certa para resolver esta situação. Chamou a isso de “emaranhamento”. Isto é, os descendentes permanecem, assim, prisioneiros (enredados) a fatos e eventos pelos quais não são responsáveis e, muitas vezes, nem ao menos têm conhecimento. Bert Hellinger chama isso de “herança afetiva” ou transmissão transgeracional de problemas familiares, os quais acabam criando uma sequência de destinos, às vezes trágicos.
O TRABALHO DE CONSTELAÇÃO FAMILIAR
 Constelação Sistêmica Familiar trás consciência do papel e da forma com que as pessoas estão enredadas dentro do seu sistema familiar. Atua desembaraçando o emaranhamento entre gerações. Harmoniza os vínculos familiares nos casos de ressentimentos, relacionamentos destrutivos, co-dependência, doenças psicossomáticas, alcoolismo, abortos, suicídio, mortes precoces, pessoas excluídas, conflitos inexplicáveis, etc.
COMO É FEITO O TRABALHO
Nas Constelações Familiares, as dificuldades pessoais, assim como os problemas de relacionamentos ou de saúde, são configuradas através de representantes. A pessoa que vai constelar coloca sua questão. A seguir escolhe, entre os presentes, pessoas para representarem membros da família envolvidos com aquela situação; posiciona-os conforme a imagem interna que ela própria tem do problema.
É inacreditável o que acontece depois! Os representantes passam a se movimentar e a sentirem coisas como se fossem eles próprios as pessoas representadas na família. Gestos, falas, atitudes e modos de ser são reconhecidos pelo familiar que está constelando. Fatos são revelados e surpreendentemente a reconciliação acontece.
VANTAGENS DA TERAPIA
Esta abordagem traz vantagens especiais quando comparada com outras formas de terapia, como a rapidez, a profundidade e a simplicidade com que se processa. É um trabalho onde um processo de aprendizado acontece simultaneamente com o cliente, com os representantes e com quem está apenas assistindo. Na maioria das vezes, são necessárias uma ou duas sessões de intervenção e mudanças substanciais acontecem com o cliente, com a família e em torno deles.
AS ORDENS DO AMOR
A abordagem de Bert Hellinger explora as dinâmicas inconscientes dos “relaciona-mentos” e resgata seu fluxo harmonioso. Porem isto só é possível quando se estabelecem  as ordens do amor  no sistema familiar.São exigências das ordens do amor: incluir os excluídos, honrar os antepassados;  pela ordem,  de chegada, ocupar o  próprio lugar no sistema e , por último , fazer o equilíbrio de troca nas relações familiares.
As ordens do amor envolvem a pertinência, a hierarquia (ordem de chegada) e o equilíbrio de troca. Estas são leis naturais tendo ou não conhecimento de sua existência elas funcionam e produzem conseqüências.
 A Pertinência diz que todos que entraram no sistema pertencem a ele e todos pertencem com igual direito. Vivo ou morto ninguém fica fora. Ninguém pode ficar fora. Quando fica fora ou é excluído, gerações seguintes emaranham-se com este membro, identificando-se com ele, tentando, de algum modo reintegrá-lo ao sistema.
A Hierarquia - é uma Força, uma lei que atua dentro do sistema. E ela é clara: os pais vêm primeiro, os filhos depois. Pais são grandes e filhos são pequenos, sempre (!) e independente do que tenha acontecido com esses pais, se foram presentes ou ausentes, vivos ou mortos, para os filhos, continuam grandes. Se isso é respeitado, o sofrimento, certamente, passará distante desta família.
Equilíbrio de troca - Só se deve trocar com quem se quero criar vinculo, pois o dar e o receber (em um relacionamento) criam o vinculo que une as pessoas entre si. A troca deve ser equilibra. Se um dá mais e recebe menos, o que deu menos fica devedor. E a divida gera desconforto para o devedor o qual sente necessidade de escapar ou de sumir do relacionamento. Quando falamos em DAR E RECEBER isto inclui amor, atenção, respeito, fidelidade e bens materiais. Aqui, estamos falando de equilíbrio de troca entre IGUAIS.
Existe o dar e o receber entre DESIGUAIS. Quando a troca acontece entre desiguais (por exemplo: os pais dão a vida e os filhos recebem) o equilíbrio é impossível.  Neste exemplo os filhos são eternos devedores da vida que recebem dos pais. Assim sendo, a única conduta que cabe aos filhos, é ter GRATIDÃO e é HONRAR os pais. E isto é para sempre!
Conheça Constelação Familiar! Experimente!

(*) Mazé Fontes - Assistente Social CRES/SP 1648 - Terapeuta Holística, Facilitadora de Constelação Sistêmica Familiar e Empresarial, atende Numerologia (mapa individual e calendário anual). Especializada em numerologia empresarial e assessoria de RH. E-mail:  mazefontes@hotmail.com>

terça-feira, 24 de setembro de 2013

PROFESSORA, EU POSSO CONTAR O SEGREDO PARA MEU COLEGA?

Por : Hellen Vieira da Fonseca.
Menina de 9 anos:
- Professora, eu posso contar o segredo para meu colega que não consegue ler quando estamos nas aulas de reforço?
Perguntei: Que segredo?
- O de colocar o papai e a mamãe atrás de nós quando não conseguimos ler e fazer as tarefas...
Respondi: Claro que sim! Uma alegria!
Contextualizando...
Está menina perdeu o pai faz três anos e mora com a avó paterna. A mãe continua envolvida em questões pessoais. Após a morte do pai, ela passou a se desinteressar pela escola e não conseguiu avançar na alfabetização. O trabalho que estamos desenvolvendo com ela é apenas incluir o pai e a mãe... A sua força! A força que atua nela através dos pais... A força que atua no seu coração... Faz um mês que ela voltou a participar das aulas e iniciou o processo de leitura. Seu comportamento está se modificando dia-a-dia e agora mantém um sorriso nos lábios... Já está até compartilhando suas experiências com os colegas. Muito lindo!
As crianças são sempre maravilhosas, percebem o que está a sua volta com facilidade. Elas aprendem com facilidade. Confiar na força que atua na criança respeitando seu destino é abrir

possibilidades. Muita gratidão por essa oportunidade. Pedagogia Sistêmica... Simples assim! Hellen Vieira/2013.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A PSICOGENEALOGIA: TODOS TEMOS UMA HISTÓRIA

A PSICOGENEALOGIA
Compartilhando  publicação de Interação Sistêmica
  
"Todos temos uma história.
Uma história de família da qual somos um dos elos, cheia de personagens que conhecemos - pai, mãe, avós, irmãos ou irmãos - e de outros, sobre os quais não sabemos muita coisa (ou nada), mas cujos vestígios subsistem em nós, por meio dos segredos, dos não-ditos, das alusões transmitidos por nossos pais. Esse mosaico familiar exerce sobre nós uma influência, quer tenhamos consciência dela ou não, que se encontra amiúde na fonte de repetições obstinadas que constatamos sem compreender.
Por que escolher um homem que nos faz sofrer, tal como nossa mãe escolheu um marido que a fez sofrer, assim como sua própria mãe padeceu extremamente por causa do esposo? Por que sucumbir à mesma doença de nosso pai na mesma idade em que ele adoeceu?
A Psicogenealogia ajuda-nos a trabalhar com essas tomadas de consciência necessárias e libertadoras, a perceber melhor com quem nos identificamos, que papel familiar endossamos sem ter a intenção de fazê-lo e, às vezes contrariados e forçados.
Explorar esse labirinto, graças a essa psicoterapia original, permite-nos compreender o que nos determina, nos influencia e constitui o tecido de nossa vida: esboços de cenários genealógicos afetivos, sexuais, intelectuais, profissionais.
Encontramos as mesmas encruzilhadas, revivemos certos acontecimentos semelhantes em idades idênticas, reproduzimos situações equivalentes, formamos pares similares...
Trata-se no decorrer dessa psicoterapia, de aprender a usar bem a própria história familiar. Transformamos a herança psicológica que foi para nós fonte de sofrimento, que nos valeu feridas narcísicas, humilhações, sentimentos de vergonha e repetições dos mesmos esquemas, dos mesmos erros que envenenam nossa própria vida e podem envenenar a de nossos descendentes.
Se chegamos a reconstituir o quebra-cabeça que se formou em nós, desmascaramos essas armadilhas familiares e conseguimos, dessa maneira, pôr um termo naquilo que alguns vivem como uma maldição infernal." Chantal Rialland

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com Jaqueline Cássia de Oliveira - Estudiosa da Psicogenealogia.

www.interacaosistemica.com.br