domingo, 6 de abril de 2014

ESTUDOS SUGEREM QUE TRAUMAS E COMPORTAMENTOS PODEM SER PASSADOS POR GENES

Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO


Um estudo feito por cientistas americanos aponta que o comportamento humano pode ser afetado por episódios vivenciados por gerações passadas por meio de uma espécie de memória genética.
As pesquisas mostraram que um evento traumático pode afetar o DNA no esperma e alterar os cérebros e o comportamento das gerações futuras.
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O estudo, publicado na revista científica Nature Neuroscience, indica que camundongos treinados para se esquivar de um determinado tipo de odor passaram essa aversão a seus 'netos'.
Especialistas dizem que os resultados são importantes para as pesquisas sobre fobia e ansiedade.
Os animais foram treinados para temer um cheiro similar ao da flor de cerejeira.
A equipe, composta por cientistas da Emory University School of Medicine, nos Estados Unidos, averiguou, então, o que estava acontecendo dentro do espermatozoide dos camundongos.
Os cientistas constataram que o trecho do DNA responsável pela sensibilidade à essência da flor de cerejeira estava mais ativo na célula reprodutiva masculina.
Tanto a prole dos camundongos quanto os descendentes destes demonstraram hipersensibilidade à flor de laranjeira e se esquivaram dela, mesmo que não tenham passado pela mesma experiência.
Os pesquisadores também identificaram mudanças na estrutura dos cérebros desses animais.
"As experiências vivenciadas pelos pais, mesmo antes da reprodução, influenciaram fortemente tanto a estrutura quanto a função no sistema nervoso das gerações subsequentes", concluiu o relatório.
Assuntos familiares
As descobertas oferecem evidência de uma "herança epigenética transgeracional", ou seja, de que o ambiente pode afetar os genes de um indivíduos, que podem então ser transmitidos a seus herdeiros.
Um dos pesquisadores, Brian Dias, afirmou à BBC que tal característica "pode ser um mecanismo pelo qual os descendentes mostram marcas de seus antecessores".
"Não há dúvida de que o que acontece com o espermatozóide e o óvulo pode afetar as gerações futuras".
O professor Marcus Pembrey, da Universidade College London, afirmou que as descobertas são "altamente relevantes para as fobias, ansiedade e desordens de estresse pós-traumático" e fornecem "fortes evidências" de que uma forma de memória pode ser transmitida entre gerações.
Diz ele: "A saúde publica precisa urgentemente levar em conta as respostas transgeracionais humanas".
"Acredito que não entenderemos o aumento nas desordens neuropsiquiátricas ou a obesidade, diabetes e as perturbações metabólicas sem esse tipo de abordagem multigeracional.

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 Quando há quase 100 anos atrás Jung falou sobre inconsciente coletivo, quase ninguém entendeu o conceito e pouca gente acreditou.
O  inconsciente coletivo é uma base psicológica comum à humanidade, tipo “formas”herdadas de esquemas de funcionamento mental. Nele estão os arquétipos, que semostram na vida da gente através de imagens (o Velho Sábio, o Herói, etc.) e de situações arquetípicas (o nascimento, a morte, o sacrifício, etc). Todo mundo - nós mesmas, um grego antigo e um homem medieval - compartilhamos esse fundo comum, só que vamos expressá-lo de maneiras diferentes.

É por causa dessa espécie de memória genética psíquica que os mitos de culturas diferentes se assemelham e “falam” entre si. Por exemplo, o deus grego Hermes tem características de Exu e do egípcio Thot.

Hoje, apesar de muita gente já entender e trabalhar com isso, ainda há quem duvide não só da existência do inconsciente coletivo mas até, veja só, do próprio inconsciente. E ainda se tem a ideia de que o comportamento humano é influenciado apenas pelo meio ambiente ou pela genética no sentido mais estrito do termo.
Agora foi comprovado experimentalmente quetraumas podem ser herdados e refletir no físico, afetando o DNA. Um cientista falou que isso é evidencia de que “há uma "herança epigenética transgeracional", ou seja, de que o ambiente pode afetar os genes de um indivíduo, que podem então ser transmitidos a seus herdeiros. Um dos pesquisadores, Brian Dias, afirmou à BBC que tal característica "pode ser um mecanismo pelo qual os descendentes mostram marcas de seus antecessores".”
Enfim, entre outras coisas, como a evidencia psicossomática, de forma experimental de laboratório começa-se a confirmar a ideia de Jung  de queherdamos componentes psicológicos dos nossos ancestrais e que corpo e psique estão mais conectados do que se sabe. Se traumas modificam o DNA, podemos pensar que experiências desde os primórdios do homem vão modificando seus genes e virando esquemas de funcionamento mental arquetípicos! Jung estava muito à frente de seu tempo...

Matéria da Folha de São Paulo, link abaixo para o texto completo.

Trauma' pode ser transmitida entre gerações, sugere estudo DA BBC BRASIL 
Um estudo feito por cientistas americanos aponta que o comportamento humano pode ser afetado por episódios vivenciados por gerações passadas por meio de uma espécie de memória genética.
As pesquisas mostraram que um evento traumático pode afetar o DNA no esperma e alterar os cérebros e o comportamento das gerações futuras.
O estudo, publicado na revista científica Nature Neuroscience, indica que camundongos treinados para se esquivar de um determinado tipo de odor passaram essa aversão a seus 'netos'.
Especialistas dizem que os resultados são importantes para as pesquisas sobre fobia e ansiedade. 
Veja mais no link abaixo:
texto de Bia Del Picchia

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