DE QUE (OU QUEM) UMA DOENÇA
PODE QUERER NOS LEMBRAR?
Postagem do Instituto Ipê
Roxo – por : Ana Garlet (*) - http://www.anagarlet.com.br
Nossa vida e nossa felicidade são marcadas pela atitude que
adotamos diante de nossos pais e da história da nossa família. Quando nos
defendemos ou nos recusamos a reconhecer o que nos pertence, muitas vezes somos
lembrados, por uma doença ou um sintoma, daquilo que excluímos.
A história de nossa família nos pertence. Estamos a ela vinculados,
ela é uma parte de nós e marca a nossa personalidade, com todas as forças e
fraquezas que temos.
Certos sintomas e doenças são associados a diversos acontecimentos
e condições que provocaram nos pacientes a perda da vinculação com a família ou
a insegurança quanto a essa vinculação, ou ainda a dinâmicas de culpa ou de
destinos trágicos na família.
Apegamo-nos a muitas doenças e sintomas pelo anseio de proximidade
com nossos pais ou pela necessidade de pertencer à nossa família. Muitas vezes
atua aí uma necessidade inconsciente de compensação, quando nos sentimos
culpados ou exibimos uma pretensa reivindicação. Ou então uma doença nos obriga
a uma parada quando infringimos uma ordem com nossa atitude ou nosso
comportamento.
As experiências e vivências traumáticas nas famílias causam medo a
todos os seus membros através de gerações e provocam separações entre pais e
filhos, entre gerações antecedentes e subsequentes. Contudo, o que muitas vezes
é sentido como um peso e dificuldade abriga em seu seio uma força especial.
O Constelador, O Médico e o
Paciente
A Constelação Familiar, como um método de aconselhamento e terapia,
desenvolveu-se e expandiu-se, no decurso dos últimos 15 anos, em muitas áreas
profissionais.
As constelações com doentes ampliam as possibilidades de uma ação
ainda mais salutar no domínio da medicina. A consideração de envolvimentos
sistêmicos e transgeracionais, além das conexões com dinâmicas familiares,
projeta uma NOVA LUZ sobre a saúde e doença, e as luzes obtidas em constelações
de doenças e sintomas possibilitam um enfoque mais integral da pessoa doente.
O Constelador é um assistente do médico ou terapeuta e não tem a
intenção de substituir os seus métodos de tratamento e aconselhamento. Contudo,
principalmente quando procedimentos usualmente eficazes não proporcionam o
resultado desejado ou esperado, OLHAR PARA O QUADRO DE FUNDO MULTIGERACIONAL da
família abre novas possibilidades adicionais para a cura.
Poucos são os pacientes que conseguem inicialmente perceber uma
relação entre sua doença e sua família, ou reconhecer a influência que eles
próprios exercem sobre sua doença. Nesse particular, as constelações
fornecem-lhes importantes pontos de apoio.
Sobre isto, o Bert Hellinger, o criador deste novo método de
terapia breve afirma de forma muito direta, apontando inclusive, um caminho
para o início do movimento da cura.
“Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir. Tudo
aquilo a que aponto um dedo acusador, quero excluir. A toda a pessoa que
desperte a minha dor, estou a excluí-la. Cada situação em que me sinta culpado,
estou a excluí-la. E desta forma vou ficando cada vez mais empobrecido.
O caminho inverso seria: a tudo de que me queixo, fito e digo: sim,
assim aconteceu e integro-o em mim, com todo o desafio que para mim isso
representa. E afirmo: irei fazer algo com o que me aconteceu. Seja o que for
que me tenha acontecido, tomo-o como a uma fonte de força. É surpreendente o
efeito que se pode observar neste âmbito”.
Nós temos tudo o que precisamos
Nossa vida e nossa felicidade são marcadas pela atitude
que adotamos diante de nossos pais e da história de nossa família. Quem
se sente em sintonia com sua família pode assumir sua vida em plenitude e mais
adiante, talvez, transmiti-la.
Artigo escrito a partir de trechos extraídos da obra de Sthefhan
Hausner, Médico constelador alemão, em seu livro: “Constelações Familiares e o
Caminho da Cura”.
(*)Por Ana Garlet - advogada e Consteladora Familiar do Ipê Roxo.
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