Por Manúcia Passos de Lima (*)
O amor cego vê sim, só que de forma muito limitada, embaralhada e
confusa. É o tipo de amor que nos leva a assumir papéis que não nos cabem, a
tomar as dores dos outros, e, muitas vezes, dar cabeçadas… O amor cego é o que
restringe, exclui e confunde pessoas e relações; é o que – de tão desordenado –
nos desgasta e nos sufoca, nos põe na retranca e emperra o fluxo da história.
Por outro lado existe o amor sábio, aquele que vê além de fatos e
dados, e enxerga pessoas e relações e as muitas dinâmicas que as envolvem. O
amor sábio abre mão dos julgamentos e se abre para reconciliações, busca
soluções e indica caminhos mais luminosos e possibilidades mais gratificantes.
O amor sábio é o que nos ensina que para fluir temos de –
humildemente – nos desvencilhar de velhas crenças e histórias, que para
florescer e frutificar precisamos nos colocar bem presentes no presente com a
alegria de quem se sabe e se sente bem
enraizado na dinâmica da vida.
O amor sábio, muitas vezes já foi cego, e aprendeu a abrir o coração
para o desconhecido, ou ainda não reconhecido. Sábio mesmo é o amor que vê a
vida tal qual ela se dá, com toda a sua graça e gratuidade.
(*) Manucia Passos de Lima - Mestre em Filosofia, cientista social
pós-graduada em Jogos Cooperativos especializada em Constelações Familiares e
Renascimento. Empreendedora, escritora, palestrante e facilitadora de técnicas
e instrumentos que - de forma rápida e prática - promovem soluções e mudanças
favoráveis à maior realização pessoal e alta qualidade de vida.
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