OS AUTISTAS VIVEM PARA
DEMONSTRAR QUE O MUNDO PODE SER UM LUGAR DE PAZ DURADOURA E DE PERDÃO GENUÍNO.
CARLOS VEIGA·SÁBADO, 2 DE ABRIL DE 2016
Quantas famílias vivem o
drama de reconhecer que estão diante de um filho autista? O fato é que o
autismo pode incomodar muito mais aos que estão ao redor, do que ao próprio
envolvido. Essas questões serão abordadas do ponto de vista da BioNeuroEmoção,
a fim de dar oportunidade a uma compreensão diferente da convencional e
oferecer uma perspectiva mais abrangente, que permita àqueles que lidam com
isso, de forma direta ou indireta, tirar maior proveito da experiência, com
possibilidade de melhores resultados para todos.
O autismo ou TAA
(transtornos de aspecto autista) implica em comportamentos que excluem e
separam os sujeitos da realidade, em uma tentativa de retirar-se sobre si mesmo
e sobre seu mundo interior. Nos TAA, observamos sintomas como: tornar-se mudo
(silêncio em momentos determinados), retração emocional ou afetiva, ausência do
"eu" em algumas fases, dificuldade para olhar nos olhos e, sobretudo,
manter uma conversação. Funcionam como na maioria dos transtornos ou
enfermidades, em graus variáveis, dependendo da gravidade e da duração dos
dramas associados.
O Dr. Dirk Hamer, da Nova
Medicina Germânica, classifica-o como uma constelação da mucosa laríngea (susto
e/ou medo no território) e das mucosas do estômago, pâncreas e vias biliares
(nojo no território).
Para a NMG, uma constelação
se dá quando ambos os hemisférios cerebrais estão afetados com massas
conflitivas. Em outras palavras, houve impactos emocionais de naturezas
distintas em ambos os hemisférios, neste caso, medo ou susto em relação à
laringe, somado a um conflito de cólera, raiva e nojo no território, por parte
das vias biliares, estômago e pâncreas. Quase sempre, são segredos familiares
ligados à culpa e a grandes vergonhas inaceitáveis.
Está relacionado com o
estudo da árvore genealógica porque são conflitos de longa data e estruturados
na família. Estes transtornos também têm relação com o que chamamos de Projeto
Sentido Gestacional, período que vai desde nove meses antes da fecundação, até
aproximadamente os três anos de idade. Neste período, não há uma mãe e um
filho, o que existe é um binômio indissociável mãe-filho. Todas as emoções
vividas pela mãe - raiva, ira ou cólera, tristeza, medo, alegria ou asco - são
experimentadas de forma mais contundente pelo feto ou pela criança que está
formando sua rede neuronal no ventre materno e seus atalhos neurológicos,
depois do nascimento. Esta maneira de empatizar com o estado emocional da mãe é
a primeira forma de aprendizado, todas estas emoções são biológicas e não
psicológicas, são elas que permitem que possamos viver e cuidar das crias;
sendo assim, não são exclusivas dos humanos, são encontradas em todos os
animais, deixando marcas inapagáveis no sistema nervoso, pegadas neurológicas
eternas, trilhas por onde o cérebro vai otimizar seu funcionamento.
O sentido biológico do
autismo é a fuga. É uma constelação territorial que produz uma sensibilidade
extrema. A natureza encontra uma solução biológica antes que a pessoa possa
produzir um desequilíbrio que a deixe exposta e vulnerável. A melhor solução é
fugir do confronto com os perigos que o mundo oferece e centrar-se no
gerenciamento do próprio território, sendo ele de caráter físico, intelectual
e/ou criativo.
Há dois tipos de
comportamento no autismo: o ativo e o passivo. Neste ponto, faz-se necessário
observar os termos “mania” e “depressão”, já que o autismo ativo está
relacionado com o comportamento maníaco e o passivo, com o depressivo. Quando
falamos de "mania", não estamos referindo-nos a uma pessoa maníaca,
ou cheia de manias, mas a um comportamento tipicamente masculino, com base na
ação (mania = ação), controlado pelo hemisfério esquerdo, que gerencia a
testosterona. Quando nos referimos à depressão, não significa um estado de
depressão clínica ou psicológica da forma como estamos acostumados a entender;
trata-se de um comportamento feminino, controlado pelo hemisfério direito, que
gerencia a produção de estrógenos (depressão = retração). Na natureza, em caso
de estresse, os machos enfrentam e as fêmeas fogem, o que corresponde ao papel
desempenhado por cada gênero e regulado diretamente pela produção dos hormônios
sexuais. Em situações determinadas, as mulheres podem exercer papel masculino e
os homens, papel feminino, pela inversão da produção hormonal, através da troca
dos hemisférios.
O autismo "ativo"
ocorre quando a pessoa está vivendo um conflito de susto-medo. O hemisfério
esquerdo é bloqueado por uma massa conflitual, diminuindo a produção de
estrógenos, o que gera um comportamento maníaco acentuado. Neste caso, o indivíduo
passa a agir de maneira psicótica, apresentando hiperprodutividade em seu
próprio mundo. É possível notar em muitos artistas e cientistas este tipo de
conduta. Quando a constelação autista é somada à constelação mito-maníaca, dá
lugar a escritores excepcionais.
O autismo
"passivo" ocorre quando a pessoa está vivendo um conflito de nojo no
território, o hemisfério direto é bloqueado pela massa conflitiva, a produção
de testosterona diminui e o comportamento depressivo acentua-se. Pode-se
observar uma oscilação que vai desde uma retração psicótica total, até uma
timidez considerada "normal".
Estes conflitos, ligados à
memória transgeracional, estão estruturados na mente inconsciente, aquela que
gerencia de 96 a 98% da psique humana, não estando sujeita a racionalizações,
entendimentos, compreensões ou interpretações da mente consciente, que se dá
conta apenas de 2 a 4% do que se passa. Para que se tenha uma noção do que isto
representa, a mente inconsciente processa aproximadamente 40 milhões de bits de
informação por segundo, enquanto a consciente processa 2 mil, segundo o biólogo
molecular Bruce H. Lipton.
Em uma quantidade
significativa de casos, o autismo é o resultado de incestos genealógicos. Pais
com filhas, irmãos com irmãs, tios com sobrinhas, tias com sobrinhos, primos
com primas, entre outros. A gravidade através da qual a constelação autista
manifesta-se emocional ou mentalmente, dá-se pela magnitude dos conflitos
envolvidos. Seria como endossar o desejo inconsciente da família de ser aquele
que representa a prova viva da vergonha, muitas vezes sexual.
O autista permanece
bloqueado a nível mental, porque continuamente busca verificar se o que pensa,
sente e diz é correto ou não. Verifica e volta a verificar, uma e outra vez,
até que o cérebro decide que o melhor é não se comunicar, permanecendo calado.
Estamos no mundo do
proibido, os autistas estão escondendo segredos de família, incestos,
violações, assassinatos, suicídios, mortes violentas e muitas outras coisas que
não devem sair à luz do conhecimento por representar uma vergonha familiar
inaceitável.
A seguir, alguns
pensamentos ou intenções comuns nos autistas:
"Não tenho direito a
errar, seria a morte".
"Os critérios que devo
alcançar são tão altos que é mais fácil retrair-me dentro de um mundo
particular, ao invés de ter que prestar contas aos outros (pais, professores,
autoridades, etc)”.
"Fujo de uma situação
muito dolorosa em meu entorno".
"Rejeito enfrentar a
realidade física do mundo exterior porque maltrata minha sensibilidade".
Os autistas são
extremamente sensíveis e são projetados pelo clã para resolver os conflitos
transgeracionais, quase sempre ligados fatos inconfessáveis. Sair da fase
autista, a mal chamada "enfermidade", só depende daquele que a vive,
de ninguém mais; porém, sua saída nunca corresponderá a uma expectativa da
sociedade pela “normalidade”. Os autistas não compreendem o que o mundo chama
de "normal", não veem coerência no mundo e é justamente por isso que,
quase nunca, encontram um caminho de saída. Além disso, são grandes mestres
para os que os rodeiam, já que mostram um caminho da verdade que se perdeu há
tempos atrás e do qual nem sequer somos conscientes. Ver o mundo perdoado pelos
olhos de uma criança, exatamente como nos pediu um grande mestre que passou por
aqui, há mais de dois mil anos atrás. Os autistas ensinam que é possível viver
sem falar mal dos demais, sem julgar e condenar, vivem para demonstrar que o
mundo pode ser um lugar de paz duradoura e de perdão genuíno.
Para aqueles que se
interessarem pelo tema do PSG, recomenda-se o material dos médicos
franceses Dr. Salomon Sellan, Dr. Claude
Sabat, Dr. Christian Flèch e, ainda, dos psicólogos franceses Dr. Marc Frechèt,
Drª Françoise Dolto e os psicanalistas húngaros Dr. Nicolas Abraham e Drª Maria
Torok. Quanto ao tema do estudo da árvore genealógica, também conhecido como
Transgeracional ou Psicogenealogia, procurar por Anne A. Schuatzemberg ou
Josephine Hilgard; e, ainda, para aprofundamento da Epigenética Condutual,
buscar pela Universidade de McGill, Montreal, Canadá.
www.luznaestrada.com
www.bioneuroemocaobrasil.com
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