“Tempo, tempo, tempo, compositor de destinos....” Hoje, bem no finalzinho, quando a Terra volta ao começo de mais um giro em sua jornada ao redor do Sol, quero apenas dizer a 2013: GRATIDÃO! Gratidão por tudo! Por ter continuado navegando no Rio da Vida. Isso foi o suficiente. O resto chegou de GRAÇA. Para 2014 não tenho planos, nem metas. Quero estar a serviço. Pronta para satisfazer meu destino. Frente ao que vier, espero abrir espaço no coração, para o SEJA FEITA Á SUA VONTADE. Tenho consciência de que, eu por mim não faço coisa alguma, o Grande Espirito consegue tudo através de mim e me concede créditos. Quero ser fiel a este entendimento colocando-me a serviço desta força maior. 2014 é mais um passo na minha própria jornada e, enquanto caminho, vou esquecer que Deus é substantivo (como aprendi na escola) quero sentir Deus como VERBO. O mais ativo e dinâmico de todos. Verbo tem pessoa, voz, tempo e ação. Em 2014 minha intenção é conjugar este verbo: Deus em ação, através de mim, constelando a vida. Quero aprender a fazer isso com humildade, presença e amor. Amem! Mazé Fontes
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
“TEMPO, TEMPO, TEMPO, COMPOSITOR DE DESTINOS....”
“Tempo, tempo, tempo, compositor de destinos....” Hoje, bem no finalzinho, quando a Terra volta ao começo de mais um giro em sua jornada ao redor do Sol, quero apenas dizer a 2013: GRATIDÃO! Gratidão por tudo! Por ter continuado navegando no Rio da Vida. Isso foi o suficiente. O resto chegou de GRAÇA. Para 2014 não tenho planos, nem metas. Quero estar a serviço. Pronta para satisfazer meu destino. Frente ao que vier, espero abrir espaço no coração, para o SEJA FEITA Á SUA VONTADE. Tenho consciência de que, eu por mim não faço coisa alguma, o Grande Espirito consegue tudo através de mim e me concede créditos. Quero ser fiel a este entendimento colocando-me a serviço desta força maior. 2014 é mais um passo na minha própria jornada e, enquanto caminho, vou esquecer que Deus é substantivo (como aprendi na escola) quero sentir Deus como VERBO. O mais ativo e dinâmico de todos. Verbo tem pessoa, voz, tempo e ação. Em 2014 minha intenção é conjugar este verbo: Deus em ação, através de mim, constelando a vida. Quero aprender a fazer isso com humildade, presença e amor. Amem! Mazé Fontes
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
A RITALINA E OS RISCOS DE UM 'GENOCÍDIO DO FUTURO'
Maria Aparecida Moysés |
Estamos colocando neste espaço
trechos do trabalho da
pesquisadora da Unicamp, Maria Aparecida Moysés, sobre os efeitos da ritalina, publicados
no site da UNICAMP- Universidade
Estadual de Campinas - (www.unicamp.br) e em CARTACAPITAL. Ela alerta: o efeito de acalmar é sinal de toxicidade. " Saiba mais sobre a ritalina
tão em evidência e os seus riscos... A
ritalina e os riscos de um “genocídio do futuro”. Para uns, ela é uma droga perversa. Para
outros, a 'tábua de salvação. Tire suas conclusões.
No PORTAL UNICAMP a Dra
Maria Aparecida Moysés diz o seguinte:
Para uns, ela é uma droga perversa. Para
outros, a 'tábua de salvação'. Trata-se da ritalina, o metilfenidato, da
família das anfetaminas, prescrita para adultos e crianças portadores de
transtorno de deficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Teria o objetivo de
melhorar a concentração, diminuir o cansaço e acumular mais informação em menos
tempo. Esse fármaco desapareceu das prateleiras brasileiras há poucos meses (e
já começou a voltar), trazendo instabilidade principalmente aos pais, pela incerteza
do consumo pelos filhos. Ocorre que essa droga pode trazer dependência química,
pois tem o mesmo mecanismo de ação da cocaína, sendo classificada pela Drug
Enforcement Administration como um narcótico. No caso de consumo pela criança,
que tem seu organismo ainda em fase de formação, a ritalina vem sendo indicada
de maneira indiscriminada, sem o devido rigor no diagnóstico. Tanto que, no
momento, o país se desponta na segunda posição mundial de consumo da droga,
figurando apenas atrás dos Estados Unidos. Como acontece com boa parte dos
medicamentos da família das anfetaminas, a ritalina 'chafurda' a ilegalidade,
com jovens procurando a euforia química e o emagrecimento sem dispor de receita
médica. Fala-se muito que, se não fizer o tratamento com a ritalina, o paciente
se tornará um delinquente. "Mas nenhum dado permite dizer isso. Então não
tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona", critica a
pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de
Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp. “A gente corre o
risco de fazer um genocídio do futuro. Mais vale a orientação familiar”,
encoraja a pediatra, que concedeu entrevista, a seguir, ao Portal Unicamp.
RITALINA A DROGA DA
OBEDIÊNCIA
Veja o que diz Dra.
Maria Aparecida Moyses em CartaCapital:
“ O Brasil é o segundo maior consumidor mundial dos
psicotrópicos chamados metilfenidatos, prescritos para o tratamento de crianças
diagnosticadas como portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH). Atrás apenas dos Estados Unidos, consumimos, em 2009, 2
milhões de caixas, ante as 70 mil consumidas em 2000. A droga, usada para
tratar do que é considerado um distúrbio neurobiológico, é consumida, entre
outros, por crianças e adolescentes desatentos, agitados e com dificuldades
escolares. Apelidado de a “droga da obediência”, por acalmar e focar a atenção,
o medicamento leva os sugestivos nomes de Concerta e Ritalina (produzidos pelos
laboratórios Janssen Cilag e Novartis, respectivamente). Seu uso, no entanto,
provoca acaloradas discussões. A pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, da
Unicamp, é uma das vozes médicas a questionar a existência de “uma doença
neurológica que só altere comportamento e aprendizagem”. Nessa entrevista, ela
explica as reações adversas da droga e afirma que os critérios para
diagnosticar o TDAH são normas sociais.”
Em outro trecho da
entrevista em CARTACAPITAL ela diz o seguinte: “ A sociedade médica brasileira,
há 50 anos, era voltada para a França. Hoje é voltada para os EUA. É quase
mundial isso, mas na Europa ainda há uma resistência. Somos muito dependentes
da tecnologia e da cultura americana, que impõe essa padronização e
normalização das pessoas. A gente constrói uma sociedade que quer uma criança
cada vez mais ativa e ligada no mundo. Crianças com 4 anos mexem no computador
com várias janelas abertas ao mesmo tempo. Quando elas chegam na escola,
queremos que elas façam uma coisa só e não questionem. Queremos crianças
criativas, ótimas e submissas! Elas questionam, querem saber o porquê. O “não”
não basta mais. E os adultos não aguentam isso. A sociedade é muito incomodada
com os questionamentos e a gente acaba abafando isso via substância química.
Junte isso ao interesse financeiro das indústrias farmacêuticas. Elas financiam
cursos, viagens para médicos, vantagens em clínicas. Curso para professores
financiado por um laboratório é algo estranho. Não sejamos ingênuos: eles
estão, na verdade, treinando professores para identificar futuros clientes
consumidores de suas drogas. E esse é um peso muito forte, que consta,
inclusive, em relatório do departamento de justiça dos EUA, mostrando como a
Ciba-Geigy (Laboratório que viria, a partir de 1996, a formar a Novartis) –
financiava entidades de familiares e profissionais ligados à defesa das pessoas
com TDAH.
EM PORTAL UNICAMP – Na
França, o TDAH é praticamente zero. A que se deve isso?
Cida Moysés – Isso se
deve a valores culturais, fundamentalmente.
No site Unicamp, www.unicamp.br em CartaCapital a medica Maria Aparecida Affonso Moysés, fala com mais
detalhes sobre os efeitos da ritalina.
domingo, 29 de dezembro de 2013
A ALMA - O "CAMPO DOTADO DE SABER"
Imagem de ALEX GREY artista americano dedicado a temas espirituais |
Jakob Robert Schneider |
Texto de Jakob Robert Schneider (*)
As constelações familiares se
referem de uma nova maneira àquilo que chamamos de "alma". Podemos
denominar assim a força invisível que animando (ou pelo menos no mundo animado;
congrega partes num todo de uma tal maneira que o todo é mais do que a soma das
partes e de suas funções dentro dele. A alma não se identifica com nossa
consciência, pois inclui o inconsciente. E não se identifica com os processos
fisiológicos e físicos em nosso corpo e em nosso cérebro, embora esteja
inseparavelmente unida a eles. Não se identifica tampouco com nossos
sentimentos, embora o sentir seja o modo de expressão por onde se experimenta a
alma.
Ela é antes como o espaço ou o
campo que une, ultrapassando espaço e tempo, tudo o que constitui uma pessoa,
criando uma identidade. A abordagem típica da ciência natural atual, que busca
o que "não difere", a saber, as partes e partículas e suas mútuas
conexões, exclui por seu próprio método a possibilidade de descobrir uma alma.
Porém nossa experiência quotidiana se dirige ao que é "mais do que".
Não há conversa, nem arte, nem política, nem vida de relacionamento sem
participação da alma. Como a experiência psíquica não pode ser reduzida ao que
material e quantificável, a língua desenvolveu "palavras da alma" como
liberdade, paciência, espírito, coragem, amor, etc. O que entendemos por
"amor" não pode ser adequadamente entendido a partir de genes ou de
funções do cérebro.
Sabemos que para falar dos
domínios da alma dependemos de imagens, metáforas, imprecisões, vivências,
experiências, intuições perceptivas, bem como da função anímica da avaliação
sensitiva e de coisas semelhantes. Por mais que as ciências da natureza nos
ajudem com seus conhecimentos e nos obriguem, por exemplo, a repensar nossa
liberdade de decisão, a ocupação com a alma, que ultrapassa o âmbito da
experiência da vida, pertence mais às ciências do espírito ou à psicologia como
ciência do espírito. O trabalho com as constelações familiares se apresenta no
concerto da teoria e da prática psicológica modernas de um modo amplo e
desafiador, descortinando a alma redescoberta e suas leis.
Da mesma forma como em nossa alma
pessoal somos maiores do que aquilo que percebemos conscientemente em nós,
assim também em todos os níveis de relações estamos envolvidos em contextos maiores,
formados, em termos anímicos, por "espaços" ou "campos"
(tomados como metáforas), que juntam as partes para constituir algo
"mais" e "maior": uma união familiar, um grupo de amigos,
uma empresa, uma comunidade social, um Estado - que se integra na natureza e no
cosmo como um todo. Essa nossa vinculação, em sua grandeza e totalidade, recebe
freqüentemente de Bert Hellinger a denominação de "grande alma". Isso
não significa para ele algo místico ou do além, mas a totalidade da existência individual
e coletiva, que justamente através das conquistas das ciências naturais nos
aparece de modo cada vez mais misterioso, nos sustentando, ligando e talvez
mesmo dirigindo.
Entre os consteladores também
existem divergências sobre a conveniência e a medida em que se falar de alma.
Para alguns isso envolve uma carga excessivamente mística ou religiosa. Outros
não partilham essas restrições. Pois diariamente, ao abrirmos um jornal ou
revista, lemos em diversos artigos, seja na política, na economia ou na parte esportiva
a palavra "alma" num contexto imediatamente inteligível para cada
caso. Por exemplo, em manchete: "O templo de Ankor e a alma ferida do
Camboja: em busca de nossa identidade".
Quando se fala de
"alma", seja no trabalho com as constelações, seja de modo geral na
psicoterapia ou na vida quotidiana, isso não acontece com ânimo
anti-científico. Um consultor familiar não pode esperar que a ciência natural
lhe forneça dados e métodos exatos, cientificamente comprovados e
universalmente reconhecidos, para a solução de conflitos conjugais. Ele
trabalha de uma forma mais ampla, orientado por vivências e pelas "regras
da alma". Uma das realizações de Bert Hellinger é ter condensado e
desenvolvido um modelo preexistente de constelações familiares, reduzindo ao
essencial, de uma forma experimentável, os processos anímicos e os complexos
contextos de relações, e abrindo o acesso a mudanças profundas na alma. Quem se
disponha a isso pode comprová-lo pela própria prática do próprio Bert
Hellinger, amplamente documentada, e de milhares de consultores e terapeutas.
(*) -JAKOB SCHNEIDER (Munique-Alemanha): Professor e Terapeuta de casais e
de famílias. Exerceu as funções de assistência aos jovens e de orientador de
casais a serviço da igreja. Formou-se em PNL e psicoterapia sistêmica. Dirige
seminários de constelação familiar na Alemanha, Itália e Brasil; supervisiona
clínicas e instituições sociais. Sua especialidade é o estudo dos efeitos das
‘Ordens do Amor’ nas relações e a inclusão de contos de fada e de histórias
literárias no trabalho com vínculos de destino. Foi professor e diretor
pedagógico dos 1º, 2º e 3º Cursos de Formação em Terapia Sistêmica Familiar
Fenomenológica no Brasil, sob a coordenação de Reginaldo Teixeira Coelho
(Régis).
Jakob Robert Schneider estará em São Paulo - 01 e 02 de abril de 2014- ministrando
Seminário sobre Supervisão de Casos e Supervisão Pessoal em Constelações Sistêmicas.
Este SEMINÁRIO é direcionado aos ex-alunos dos Cursos de Formação em Terapia
Sistêmica Familiar Fenomenológica feitos
sob a coordenação de Régis e orientação do próprio Jakob Schneider, aos ex-alunos
e alunos de todos os cursos de formação reconhecidos pela ABC Sistemas,
propostos pela CBCS, como também aos filiados à ABC Sistemas (Associação
Brasileira de Constelações Sistêmicas) e aos filiados à CBCS (Comunidade
Brasileira dos Consteladores Sistêmicos) de todo o Brasil. Informações no site da CBSC ou com Vera Bassoi – Cel (15) 997742890 –Email:
verabassoi@gmail.com
sábado, 28 de dezembro de 2013
ONDE ESTÃO OS DEUSES?
Artigo de Santiago Torrente Perez (*)
Esta pergunta parece difícil de ser respondida e é, mas
depois de muito pesquisar, ler, debater e experimentar acho que posso dar uma
possível resposta. Os deuses estão em todo lugar e em lugar nenhum, como na
física quântica eles se parecem à luz que uma hora é partícula outra onda,
dependendo da atenção e do olhar do observador.
Os mitos contados nos livros sagrados, parecem descrever
simbolicamente aquilo que é constitutivo no universo, ou seja sua energia
criadora, estabelecida no momento da grande explosão cósmica onde se fragmentou
em infinitas possibilidades de vibração. Uma dessas possibilidades é o que
conhecemos como mundo visível, captado pelos sentidos físicos, outra é a
correspondente ao mundo invisível mas perceptível àqueles mais sensíveis e atentos.
Essas energias construíram e fazem parte integrante do
universo, fluem por todo o cosmo, agindo de forma perceptível ou sutil,
dependendo do grau de vibração que se manifestem sobre a realidade que vivemos.
Embora tenhamos a ilusão da separação, estamos intrinsecamente vinculados a
essas energias consciente e/ou inconscientemente. A maneira que temos para
compreendê-las foi construída e dada como herança cultural desde tempos
imemoriais através das gerações pelos mitos. Os deuses, o espírito de nossos
ancestrais e suas manifestações foram simbolicamente transmitidas, como formas
de organizar o mundo e dar-lhe sentido.
Esses seres transcendentes, poderosos e seus símbolos são o
correspondente simbólico das energias que conformam, modelam e criam nossos
corpos e mentes. Portanto os mitos são a forma que encontramos para
compreender, interpretar e moldar as forças descomunais da natureza que nos
constituem e habitam em nós.
Para poder sentir isso de forma clara sugiro fazer a
seguinte experiência:
Sente-se confortavelmente em um lugar tranquilo, se for
junto à natureza melhor, feche os olhos, sinta sua respiração por algum tempo e
diga a si mesmo: “Deus está em meu corpo, em minhas carnes”, repita isso
algumas vezes e veja como se sente.
Se realmente se permitir ter essa experiência certamente
começará a ser, sentir, pensar e agir diferente.
(*) Santiago
Torrente Perez - Bacharel em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Ciências Sociais e Antropologia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. É Constelador Sistêmico – pelo método de
Constelações Familiares e Sistêmicas de Bert Hellinger, formação ministrada por Mimansa Erika Farny - São Paulo-SP. Participação do Grupo de Estudos em
Constelações e outras técnicas do Instituto Atma Coordenado por Artur Tacla.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
FELIZ NATAL - FELIZ ANO DE 2014
Lá vai o tempo. Um ciclo partindo e outro amanhecendo em nossas
vidas. Neste finalzinho de 2013 quero falar de minha gratidão a Deus, que me
criou e me doou a vida, ao anjo que me acompanha desde sempre, ao campo
familiar que abrigou meu SER, me fez pertencer e cuida de mim, ao antepassado
desconhecido que, mesmo sem que eu saiba, zela e torce por mim. Gratidão aos
amigos e a todos que me dedicam amor e amizade. Gratidão aos clientes porque confiaram
no meu trabalho, me fizeram estudar e aprender mais com suas historias e
sistemas. Gratidão ao ano de 2013, que está
partindo, porque foi generoso e prospero. Ofereceu especiais oportunidades de
crescimento e mudanças.
Desejo um excelente Natal e um feliz 2014. Muita Luz, Paz e saúde em abundância. Que você(s) esteja (m) PRESENTE em tudo, que seu (s) anjo(s) diga (m) AMEM ao seu espirito. Que o Grande Espirito abençoe seus sonhos e seu Destino. E que assim seja!
Desejo um excelente Natal e um feliz 2014. Muita Luz, Paz e saúde em abundância. Que você(s) esteja (m) PRESENTE em tudo, que seu (s) anjo(s) diga (m) AMEM ao seu espirito. Que o Grande Espirito abençoe seus sonhos e seu Destino. E que assim seja!
sábado, 7 de dezembro de 2013
O QUE É O DIREITO SISTÊMICO?
Artigo escrito por Sami Storch (*) Publicado em 29/11/2010
A expressão “direito sistêmico”,
no contexto aqui abordado, surgiu da análise do direito sob uma ótica baseada
nas ordens superiores que regem as relações humanas, segundo a ciência das
constelações familiares sistêmicas desenvolvida pelo terapeuta e filósofo
alemão Bert Hellinger.
Venho me dedicando ao estudo
desse assunto desde o ano de 2004, quando tive meu primeiro contato com a
terapia das constelações familiares e percebi que, além de ser uma terapia
altamente eficaz na solução de questões pessoais, o conhecimento dessa ciência
tem um potencial imenso para utilização na área jurídica, na qual tenho
formação acadêmica e profissional.
Isso porque, na prática, mesmo
tendo as leis positivadas como referência, as pessoas nem sempre se guiam por
elas em suas relações. Os conflitos entre grupos, pessoas ou internamente em
cada indivíduo são provocados em geral por causas mais profundas do que um mero
desentendimento pontual, e os autos de um processo judicial dificilmente
refletem essa realidade complexa. Nesses casos, uma solução simplista imposta
por uma lei ou por uma sentença judicial pode até trazer algum alívio
momentâneo, uma trégua na relação conflituosa, mas às vezes não é capaz de
solucionar verdadeiramente a questão, de trazer paz às pessoas.
O direito sistêmico se propõe a
encontrar a verdadeira solução. Essa solução não poderá ser nunca para apenas
uma das partes. Ela sempre precisará abranger todo o sistema envolvido no
conflito, porque na esfera judicial – e às vezes também fora dela – basta uma
pessoa querer para que duas ou mais tenham que brigar. Se uma das partes não
está bem, todos os que com ela se relacionam poderão sofrer as conseqüências
disso.
Exemplifico: Uma pessoa
atormentada por motivos de origem familiar pode desenvolver uma psicose,
tornar-se violenta e agredir outras pessoas. Quem tem a ver com isso? Todos.
Toda a sociedade. Adianta simplesmente encarcerar esse indivíduo problemático,
ou mesmo matá-lo (como defendem alguns)? Não. Se ele tiver filhos que, com as
mesmas raízes familiares, apresentem os mesmos transtornos, o problema social
persistirá.
A solução sistêmica, nesse caso,
deve ter em vista a origem familiar do indivíduo. Não haverá real solução de
outra forma.
Numa ação de divórcio, a solução
jurídica relativa aos filhos menores pode ser simplesmente definir qual dos
pais ficará com a guarda, como será o regime de visitas e qual será o valor da
pensão. É o que usualmente se faz. Mas de nada adiantará uma decisão judicial
imposta se os pais continuarem se atacando. Independentemente do valor da
pensão ou de quem será o guardião, os filhos crescerão como se eles mesmos
fossem os alvos dos ataques de ambos os pais.
Uma ofensa do pai contra a mãe,
ou da mãe contra o pai, são sentidas pelos filhos como se estes fossem as
vítimas dos ataques, mesmo que não se dêem conta disso. Isso porque
sistemicamente os filhos são profundamente vinculados a ambos os pais biológicos.
São constituídos por eles, por meio deles receberam a vida.
O filho não existe sem o pai ou
sem a mãe e, seja qual for o destino que os filhos construírem para si, será
uma sequência da história dos pais.
Por isso é que, mesmo que o filho
manifeste uma rejeição ao pai – porque este abandonou a família ou porque não
paga pensão, por exemplo – toda essa rejeição se volta contra ele mesmo,
inconscientemente. Qualquer ofensa ou julgamento de um dos pais contra o outro
alimenta essa dinâmica, prejudicial sobretudo aos filhos. O mesmo ocorre quando
o juiz toma o partido de um dos pais contra o outro, reforçando o conflito
interno na criança.
A solução sistêmica, para ser
verdadeira, precisará primeiramente excluir os filhos de qualquer conflito
existente entre os pais, para que os filhos possam sentir a presença harmônica
do pai e da mãe em suas vidas.
O juiz, por sua vez, antes de
decidir, deve considerar essa realidade e ter em seu coração as crianças e
ambos os pais, além de outras pessoas eventualmente envolvidas, sem julgamentos
de qualquer tipo. Com tal postura, por si só, o juiz já estará facilitando uma
conciliação entre as partes (que constituem um só sistema). E, caso se faça
necessária uma solução imposta, esta será mais bem recebida por todos, pois
todos sentirão que foram vistos e considerados pelo juiz.
Que fique bem claro: isso não
impede que o pai e a mãe discutam as questões necessárias, judicialmente ou
não, desde que isso se dê entre eles, sem o envolvimento dos filhos, nem que o
juiz decida as demandas que lhe forem postas.
A
abordagem sistêmica do direito, portanto, propõe a aplicação prática da ciência
jurídica com um viés terapêutico – desde a etapa de elaboração das leis até a
sua aplicação nos casos concretos. A proposta, aqui, é utilizar as leis e o
direito como mecanismo de tratamento das questões geradoras de conflito,
visando à saúde do sistema “doente”, como um todo.
(*)- Sobre Sami Storch
Juiz de Direito no Estado da
Bahia, atualmente em exercício nas Comarcas de Amargosa e Lauro de Freitas.
Graduei-me na Faculdade de Direito da USP, cursei Mestrado em Administração
Pública e Governo (EAESP-FGV/SP) e diversos cursos de formação e treinamentos
em Constelações Sistêmicas Familiares e Organizacionais segundo Bert Hellinger.
Meu foco é a aplicação prática, no exercício das atividades judicantes, dos
conhecimentos e técnicas das constelações familiares. O objetivo é utilizar a
força do cargo de juiz para auxiliar na busca de soluções que não apenas
terminem o processo judicial, mas que realmente resolvam os conflitos, trazendo
paz ao sistema.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
`TRAUMA' PODE SER TRANSMITIDA ENTRE GERAÇÕES, SUGERE ESTUDO
Artigo publicado na Folha de São Paulo- Terça - feira, 3 de dezembro de 2013 – Postado no Facebook por Maria Justina Mottin Nunes (*) via Ana Carolina Carpes Madaleno
Um estudo feito por cientistas americanos aponta que o comportamento humano pode ser afetado por episódios vivenciados por gerações passadas por meio de uma espécie de memória genética. As pesquisas mostraram que um evento traumático pode afetar o DNA no esperma e alterar os cérebros e o comportamento das gerações futuras.
O estudo, publicado na revista
científica Nature Neuroscience, indica que camundongos treinados para se
esquivar de um determinado tipo de odor passaram essa aversão a seus 'netos'.
Especialistas dizem que os
resultados são importantes para as pesquisas sobre fobia e ansiedade.
Os animais foram treinados para
temer um cheiro similar ao da flor de cerejeira.
A equipe, composta por cientistas
da Emory University School of Medicine, nos Estados Unidos, averiguou, então, o
que estava acontecendo dentro do espermatozoide dos camundongos.
Os cientistas constataram que o
trecho do DNA responsável pela sensibilidade à essência da flor de cerejeira
estava mais ativo na célula reprodutiva masculina.
Tanto a prole dos camundongos
quanto os descendentes destes demonstraram hipersensibilidade à flor de
laranjeira e se esquivaram dela, mesmo que não tenham passado pela mesma experiência.
Os pesquisadores também
identificaram mudanças na estrutura dos cérebros desses animais.
"As experiências vivenciadas
pelos pais, mesmo antes da reprodução, influenciaram fortemente tanto a
estrutura quanto a função no sistema nervoso das gerações subsequentes",
concluiu o relatório.
ASSUNTOS FAMILIARES
As descobertas oferecem evidência
de uma "herança epigenética transgeracional", ou seja, de que o
ambiente pode afetar os genes de um indivíduos, que podem então ser
transmitidos a seus herdeiros.
Um dos pesquisadores, Brian Dias,
afirmou à BBC que tal característica "pode ser um mecanismo pelo qual os
descendentes mostram marcas de seus antecessores".
"Não há dúvida de que o que
acontece com o espermatozóide e o óvulo pode afetar as gerações futuras".
O professor Marcus Pembrey, da
Universidade College London, afirmou que as descobertas são "altamente
relevantes para as fobias, ansiedade e desordens de estresse
pós-traumático" e fornecem "fortes evidências" de que uma forma
de memória pode ser transmitida entre gerações.
Diz ele: "A saúde publica
precisa urgentemente levar em conta as respostas transgeracionais
humanas".
"Acredito que não
entenderemos o aumento nas desordens neuropsiquiátricas ou a obesidade,
diabetes e as perturbações metabólicas sem esse tipo de abordagem
multigeracional".
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Este estudo cientifico confirma o que O PENSAMENTO SISTEMICO conhece
e divulga com sua pratica através das constelações familiares. Acontecimentos
vividos em gerações anteriores são revividos
por alguém, por algum descendente, em
uma geração posterior. A observação final é nossa. Mazé fontes
(*)- Maria Justina Mottin Nunes – É consteladora familiar; Mora em
Caxias do Sul –oferece formação para consteladores familiares
A BOLA DOURADA
Este trecho de Bert Hellinger foi postado no Facebook por Sami Storch. Foto de INSTITUTO
CONSTELAÇÕES.
O fluxo do amor, sempre em frente!
O que recebi pelo amor de meu pai eu não lhe paguei pois, em
criança, ignorava o valor do dom, e quando me tornei homem, endureci como todo
homem. Agora vejo crescer meu filho, a quem amo tanto como nenhum coração de
pai se apegou a um filho. E o que antes recebi estou pagando agora a quem não
me deu nem me vai retribuir. Pois quando ele for homem, e pensar como os
homens, seguirá, como eu, os seus próprios caminhos. Com saudade, mas sem
ciúme, eu o verei pagar ao meu neto o que me era devido. Na sucessão dos tempos
meu olhar assiste, comovido e contente ao jogo da vida: Cada um, com um
sorriso, lança adiante a bola dourada, e a bola dourada nunca é devolvida!
Börries von Münchhausen (encontra-se traduzido no livro “O Amor do Espírito”-
Ed. Atman - Bert Hellinger)
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