Artigo de Santiago Torrente Perez (*)
Esta pergunta parece difícil de ser respondida e é, mas
depois de muito pesquisar, ler, debater e experimentar acho que posso dar uma
possível resposta. Os deuses estão em todo lugar e em lugar nenhum, como na
física quântica eles se parecem à luz que uma hora é partícula outra onda,
dependendo da atenção e do olhar do observador.
Os mitos contados nos livros sagrados, parecem descrever
simbolicamente aquilo que é constitutivo no universo, ou seja sua energia
criadora, estabelecida no momento da grande explosão cósmica onde se fragmentou
em infinitas possibilidades de vibração. Uma dessas possibilidades é o que
conhecemos como mundo visível, captado pelos sentidos físicos, outra é a
correspondente ao mundo invisível mas perceptível àqueles mais sensíveis e atentos.
Essas energias construíram e fazem parte integrante do
universo, fluem por todo o cosmo, agindo de forma perceptível ou sutil,
dependendo do grau de vibração que se manifestem sobre a realidade que vivemos.
Embora tenhamos a ilusão da separação, estamos intrinsecamente vinculados a
essas energias consciente e/ou inconscientemente. A maneira que temos para
compreendê-las foi construída e dada como herança cultural desde tempos
imemoriais através das gerações pelos mitos. Os deuses, o espírito de nossos
ancestrais e suas manifestações foram simbolicamente transmitidas, como formas
de organizar o mundo e dar-lhe sentido.
Esses seres transcendentes, poderosos e seus símbolos são o
correspondente simbólico das energias que conformam, modelam e criam nossos
corpos e mentes. Portanto os mitos são a forma que encontramos para
compreender, interpretar e moldar as forças descomunais da natureza que nos
constituem e habitam em nós.
Para poder sentir isso de forma clara sugiro fazer a
seguinte experiência:
Sente-se confortavelmente em um lugar tranquilo, se for
junto à natureza melhor, feche os olhos, sinta sua respiração por algum tempo e
diga a si mesmo: “Deus está em meu corpo, em minhas carnes”, repita isso
algumas vezes e veja como se sente.
Se realmente se permitir ter essa experiência certamente
começará a ser, sentir, pensar e agir diferente.
(*) Santiago
Torrente Perez - Bacharel em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Ciências Sociais e Antropologia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. É Constelador Sistêmico – pelo método de
Constelações Familiares e Sistêmicas de Bert Hellinger, formação ministrada por Mimansa Erika Farny - São Paulo-SP. Participação do Grupo de Estudos em
Constelações e outras técnicas do Instituto Atma Coordenado por Artur Tacla.
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