Artigo publicado na Folha de São Paulo- Terça - feira, 3 de dezembro de 2013 – Postado no Facebook por Maria Justina Mottin Nunes (*) via Ana Carolina Carpes Madaleno
Um estudo feito por cientistas americanos aponta que o comportamento humano pode ser afetado por episódios vivenciados por gerações passadas por meio de uma espécie de memória genética. As pesquisas mostraram que um evento traumático pode afetar o DNA no esperma e alterar os cérebros e o comportamento das gerações futuras.
O estudo, publicado na revista
científica Nature Neuroscience, indica que camundongos treinados para se
esquivar de um determinado tipo de odor passaram essa aversão a seus 'netos'.
Especialistas dizem que os
resultados são importantes para as pesquisas sobre fobia e ansiedade.
Os animais foram treinados para
temer um cheiro similar ao da flor de cerejeira.
A equipe, composta por cientistas
da Emory University School of Medicine, nos Estados Unidos, averiguou, então, o
que estava acontecendo dentro do espermatozoide dos camundongos.
Os cientistas constataram que o
trecho do DNA responsável pela sensibilidade à essência da flor de cerejeira
estava mais ativo na célula reprodutiva masculina.
Tanto a prole dos camundongos
quanto os descendentes destes demonstraram hipersensibilidade à flor de
laranjeira e se esquivaram dela, mesmo que não tenham passado pela mesma experiência.
Os pesquisadores também
identificaram mudanças na estrutura dos cérebros desses animais.
"As experiências vivenciadas
pelos pais, mesmo antes da reprodução, influenciaram fortemente tanto a
estrutura quanto a função no sistema nervoso das gerações subsequentes",
concluiu o relatório.
ASSUNTOS FAMILIARES
As descobertas oferecem evidência
de uma "herança epigenética transgeracional", ou seja, de que o
ambiente pode afetar os genes de um indivíduos, que podem então ser
transmitidos a seus herdeiros.
Um dos pesquisadores, Brian Dias,
afirmou à BBC que tal característica "pode ser um mecanismo pelo qual os
descendentes mostram marcas de seus antecessores".
"Não há dúvida de que o que
acontece com o espermatozóide e o óvulo pode afetar as gerações futuras".
O professor Marcus Pembrey, da
Universidade College London, afirmou que as descobertas são "altamente
relevantes para as fobias, ansiedade e desordens de estresse
pós-traumático" e fornecem "fortes evidências" de que uma forma
de memória pode ser transmitida entre gerações.
Diz ele: "A saúde publica
precisa urgentemente levar em conta as respostas transgeracionais
humanas".
"Acredito que não
entenderemos o aumento nas desordens neuropsiquiátricas ou a obesidade,
diabetes e as perturbações metabólicas sem esse tipo de abordagem
multigeracional".
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Este estudo cientifico confirma o que O PENSAMENTO SISTEMICO conhece
e divulga com sua pratica através das constelações familiares. Acontecimentos
vividos em gerações anteriores são revividos
por alguém, por algum descendente, em
uma geração posterior. A observação final é nossa. Mazé fontes
(*)- Maria Justina Mottin Nunes – É consteladora familiar; Mora em
Caxias do Sul –oferece formação para consteladores familiares
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