O REALIZADOR, O
PACIFICADOR E O BRINCALHÃO: COMO A ORDEM DE NASCIMENTO AFETA A PERSONALIDADE
DOS IRMÃOS.
Artigo escrito por Dra.
Gail Gross transcrito do PORTAL BRASIL
POST – 11-03-2014- postado no Facebook por Sandra Cainelli Bittencourt diretora da Escola Dente de Leite -
Educação Infantíl, alicerce da vida – Jundia SP - www.dentedeleitejundiai.com.br/
Você vai fazer uma viagem de carro com seus irmãos adultos. Qual desses
três cenários mais se parece com você?
1. Você vem planejando a viagem há semanas, já cuidou das reservas de
hotel e restaurante, trocou o óleo do carro e encheu o tanque. E até já mapeou
as paradas para descanso ao longo do caminho.
2. Você passou a manhã na correria, tentando aprontar tudo. No final,
jogou lanches e roupas na mala de qualquer jeito, na última hora. Se é você
quem vai dirigir, está torcendo para encontrar um posto na estrada e encher o
tanque, que está pela metade.
3. Viagem em família? Vai ser divertido! Você aceitou o convite porque
vai ser uma curtição e não planejou contribuir com nada, exceto suas piadas e
historinhas divertidas. Você curte os lanches que seus irmãos mais velhos
trouxeram. Percebe que talvez precise comprar um agasalho mais apropriado
quando vocês chegarem ao destino.
Se você se identifica
com o cenário nº 1, é provável que seja o filho primogênito.
Se o segundo cenário
o descreve bem, você é provavelmente o filho do meio.
Você se identifica mais com o cenário nº 3? O mais provável é que seja
o caçula.
A ORDEM DE NASCIMENTO FAZ DIFERENÇA
irmão escolherá outro papel para exercer na família, talvez o do
realizador. Alguns pesquisadores consideram a ordem de nascimento tão
importante quanto o gênero e quase tão importante quanto questões genéticas. É
a velha história da natureza versus criação. Em minha experiência de educadora
e pesquisadora, sei que não existem dois irmãos que tenham os mesmos pai e mãe,
mesmo que vivam na mesma família. Por que? Porque os pais são diferentes com
cada um de seus filhos, e não há dois filhos que desempenhem o mesmo papel. Por
exemplo, se você é o filho cuidador, o papel de cuidador já terá sido tomado, e
seu e seu irmão escolherá outro papel para exercer na família, talvez o do
realizador.
SOMOS PAIS DIFERENTES COM CADA FILHO
Como pai ou mãe, você se lembra bem de seu primeiro filho. Foi aquele
que você vigiava quando estava dormindo, para ter certeza de que continuava a
respirar. Foi o bebê que você carregou no colo e amamentou e/ou para o qual
esterilizou mamadeiras por mais tempo. Esse filho é o único que terá tido o
monopólio dos pais; todos os outros filhos foram obrigados a dividi-los.
O filho primogênito nasce numa família de adultos que se orgulha de
cada conquista dele e teme todo machucado ou acidente potencial. O filho do
meio com frequência é dominado pelo primogênito, que é mais velho, sabe mais e
é mais competente. Quando nasce o filho caçula, os pais geralmente já estão
cansados e têm menos tendência a querer controlar tudo. Quando você tem seu
caçula, já sabe que seu bebê não vai quebrar; logo, pode ser mais flexível em
termos de atenção e disciplina. O resultado é que seu bebê aprende desde cedo a
seduzi e divertir vocês.
O REALIZADOR, O
PACIFICADOR E O BRINCALHÃO
Enquanto o filho mais
velho é programado para alcançar excelência e realizações, o filho do meio é
criado para ser compreensivo e conciliador, e o caçula quer atenção. Assim, a
ordem de nascimento dos filhos é uma variável poderosa no desabrochar da personalidade
de cada um.
O PRIMOGÊNITO: O
REALIZADOR
O primogênito
provavelmente terá mais em comum com outros primogênitos do que com seus
próprios irmãos. Pelo fato de ter sido alvos de tanto controle e atenção de
seus pais, marinheiros de primeira viagem, os primogênitos são responsáveis até
demais, confiáveis, bem comportados, cuidadosos --versões menores de seus pais.
Se você é filho primogênito, é provável que seja um realizador que
busca aprovação, domina e é aquele perfeccionista que suga todo o oxigênio que
há na sala. Você pode ser encontrado em profissões que requerem liderança, como
direito, medicina, ou ser CEO de uma empresa. Como mini-pai ou mãe, também
tenta dominar seus irmãos. O problema é que, quando nasce o bebê número dois,
você tem um sentimento de perda. Ao perder seu lugar no trono familiar, você
também perde o lugar especial decorrente da singularidade. Toda a atenção que
era voltada exclusivamente a você agora terá que ser compartilhada entre você e
seu irmão.
O FILHO DO MEIO: O
PACIFICADOR
Se você é filho do meio, é provável que seja compreensivo, cooperador e
flexível, mas também competitivo. Você se preocupa com o que é justo. Na
realidade, como filho do meio, é muito provável que escolha um círculo íntimo
de amigos para representar sua grande família. É nesse espaço que encontrará a
atenção que lhe faz falta em sua família de origem. Como filho do meio, você é
quem recebe menos atenção de sua família, e por essa razão essa família que
você escolheu é sua compensação. Como filho do meio, você está em muito boa
companhia: presidentes americanos notáveis e celebridades como Abraham Lincoln,
John F. Kennedy, Winston Churchill, Bill Gates, Donald Trump e Steve Forbes
também o são. Embora em muitos casos você só se destaque mais tarde na vida,
acabará em profissões poderosas que lhe permitam fazer bom uso de suas
habilidades de negociador -- e também conseguir aquela atenção que lhe faz
tanta falta.
Você e seu irmão mais velho nunca vão se destacar na mesma coisa. O
traço de personalidade que o define como filho do meio será o oposto daquele de
seu irmão mais velho e do menor. Mas as ótimas habilidades sociais que você
aprendeu por ser o filho do meio --negociar e orientar-se dentro de sua
estrutura familiar-- podem prepará-lo para um papel de empreendedor num palco
maior.
O FILHO CAÇULA:
AQUELE QUE ANIMA A FESTA
Se você é o caçula da família, seus pais já se sentiam confiantes em
seus papéis de cuidadores; por essa razão, eram menos rígidos e não
necessariamente prestavam atenção a cada passo ou marco seus, como fizeram com
seus irmãos mais velhos. Assim, você deve ter aprendido a seduzir as pessoas
com seu charme e simpatia.
Como filho caçula, você tem mais liberdade que os irmãos mais velhos e,
em certo sentido, é mais independente que eles. Como o caçula, você também tem
muito em comum com seu irmão mais velho, já que vocês foram tratados como
especiais, dotados de certos direitos inatos. Sua influência se estende a toda
a família, que lhe dá apoio emocional e físico. Logo, você tem um sentimento de
segurança e de ter seu lugar próprio.
Provavelmente não o surpreenderá observar que os filhos caçulas com
frequência encontram profissões ligados ao entretenimento, como atores,
comediantes, escritores, diretores e assim por diante. Eles também dão bons
médicos e professores. Como seus pais foram mais descontraídos e lenientes,
você tem a expectativa de ter liberdade para seguir seu próprio caminho em
estilo criativo. E, como o caçula da família, carrega menos responsabilidade, e
por essa razão não atrai experiências responsáveis.
O FILHO ÚNICO
Se você é filho único, cresce cercado por adultos e, por essa razão,
com frequência sabe verbalizar as coisas bem e tem bastante maturidade. Isso
possibilita ganhos de inteligência que excedem outras diferenças de ordem de
nascimento. Tendo passado tanto tempo sozinho, você é engenhoso, criativo e tem
confiança em sua independência. Se você é filho único, na realidade tem muito
em comum com os primogênitos e também com os caçulas.
PAIS: CONHEÇAM SEUS
FILHOS
Em última análise, é importante para os pais conhecer seus filhos.
Ainda mais importante que a ordem em que eles nasceram é criar um ambiente
positivo, sadio, seguro e estimulante. Compreendendo a personalidade e o
temperamento de cada filho, você pode organizar o ambiente dele de modo a
aproximá-lo de seu potencial mais pleno. Por exemplo, sabendo que o filho
primogênito tem grande senso de responsabilidade, você pode aliviar a carga
dele, e reconhecendo que o caçula está vivendo em um ambiente mais leniente,
você pode ser mais exigente em termos de disciplina.
A criança precisa ter
direito de buscar seu próprio destino, seja qual for seu papel na família, e,
como mãe ou pai, sua tarefa mais importante é apoiá-la nessa sua jornada
individual.
Dra. Gail Gross - www.twitter.com/DrGailGross - Dra. Gail Gross é especialista em
educação e comportamento humano, escritora.
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