segunda-feira, 13 de março de 2017

QUAIS AS POSTURAS INTERNAS CORRETAS PARA ALCANÇAR SUCESSO, ABUNDÂNCIA E REALIZAÇÃO PROFISSIONAL?




Cristina Florentino (*) 
O sucesso, à luz da constelação familiar, nos alcança quando saímos do módulo sobrevivência e nos sintonizamos com a vida. E o que é estar no módulo sobrevivência? É o hábito de ter a postura interna de luta em relação ao trabalho, profissão ou a vida. Quando nos perguntam: – Como vai você? E respondemos: – Matando um leão por dia – trabalhando hoje para pagar o almoço de amanhã – Na luta! Lutando! Sobrevivendo… e muitas outras expressões que nos falam dessa postura interna de sobrevivência.
E o que é estar em sintonia com a vida? É aceitar a vida como ela é; sair da queixa, parar de brigar com a realidade, aceitar o que não pode ser mudado e não depende de nós para mudar. Postura de gratidão ao que eu já sou, já tenho. Reconhecer que tudo está certo do jeito que é. Essa postura é bem diferente do conformismo, de ficar na zona de conforto. Vamos para a ação, no entanto, na postura interna do sim! Também não ficamos na obstinação pelo resultado, sigo os sinais das sincronicidades.
Projetamos na profissão e no trabalho a relação que tivemos com nossos pais na infância. Muitas vezes quero que o trabalho me dê aquilo que não tive da minha família. Muitas vezes é totalmente insconciente. No consultório vejo como os clientes sofrem na busca do reconhecimento de suas autoridades no trabalho. E por vezes, acabam tratando seus iguais como irmãos.
Bert Hellinger percebeu que o sucesso no trabalho está conectado com a nossa relação com a mãe e a realização profissional vem através pai. A mãe nos carrega em seu ventre por nove meses, nos nutri e se tudo correu bem continuou nos nutrindo por muito tempo, estávamos na abundância na época do ventre, tínhamos tudo que precisávamos; hoje quem nos nutri é o dinheiro que ganhamos através de nosso trabalho.
Já o Pai chega depois, no entanto, não é menos importante. O pai tem o papel de nos levar a vida. O pai é aquele que sai de casa cedo em busca do sustento de sua família. Através dos pais os filhos aprendem como ir para o mundo, ir para a vida e se realizar.
Podemos perceber como sucesso/trabalho e a realização profissional nem sempre andam de mãos dadas. E se conseguimos nos conectar e aceitar pai e mãe como são, dessa forma teremos sucesso e realização profissional! Como fazer isso? Esse é um desafio para todos nós, e é também a prática mais importante desse trabalho. De novo e de novo tomar pai e mãe.
Hellinger descobriu que há 3 leis que governam nossa consciência e se estendem para todos os grupos humanos, sejam familiares ou de trabalho. São elas pertencimento, equilíbrio entre o dar e o receber e hierarquia. Recebemos muito de nossos pais, eles nos deram a vida, nos alimentaram, nos educaram, nos aconselharam… É natural que toda criança se sinta em débito com seus pais, não é possível pagar essa dívida diretamente para eles, pagamos através de nosso trabalho, de nossos filhos, fazendo algo de bom com nossa vida.
Muitas vezes temos uma postura interna de querer dar muito para nossos pais, como se fossem nossos filhos ou temos pena e sentimos que poderíamos lidar com a situação difícil que estão passando muito melhor do que eles. Assim nossa postura é de estar acima deles e portanto fora do lugar de filho/a.
Devemos ajudar os pais, mas com a postura correta, a de sermos menores. Só assim me conecto com o fluxo que vem deles para mim e dos ancestrais atrás deles e me sinto forte para seguir adiante. Dessa forma estou em harmonia com a lei do equilíbrio entre o dar e receber e a da hierarquia, porque me coloco no lugar correto, eles são os primeiros, os  maiores e eu sou a menor, os menores recebem dos grandes, e esses dão aos pequenos.
E o mais bonito: os pais esperam essa postura de nós, se tudo corre bem, a recompensa para eles é nos ver tendo sucesso e realização na vida! A lei do pertencimento nos fala de como nos sentimos com a consciência leve se imitamos os padrões comportamentais de nossa família, se todos são pobres me sinto mal se começo a ganhar muito dinheiro, a consciência fica pesada, pois corro o risco de ser excluído/a do bando e muitas vezes não temos sucesso como uma forma de fidelidade aos nossos pais ou a algum ancestral que foi excluído.

(*) Psicóloga clínica (CRP 06-84874), consteladora e helper em pathwork. Faz  atendimentos individuais, de casais e em grupo.

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