Artigo retirado do blog
ESPAÇO SHALOM TERAPIAS INTEGRADAS postado
por Margarita Delia Mouriño, nascida em Mar Del Plata, Argentina, reside no Brasil desde
1973. Estuda Xamanismo na linha matricial da Carminha Levy, com Mara Weinreb
desde 1999. Faz parte da primeira geração da Tenda da Lua (duração de 5 anos) e
foi membro do Conselho das Tendas do Sul até 2002. Formada em Constelações
Familiares pelo Centro Latinoamericano de Constelaciones Familiares y
Soluciones Sistémicas, de Buenos Aires, Argentina.Experiência Somática
(tratamento do trauma), em curso.
Uma das coisas mais importantes
que você pode fazer para a sua família pode ser a mais simples de todas:
desenvolver uma forte história familiar.
Os psicólogos Marshal Duke e
Robyn Fivush desenvolveram uma métrica chamada de escala “Você Sabe”? que pedia
que crianças respondessem a vinte perguntas. Por exemplo, “Você sabe onde seus
avós cresceram? Você sabe qual o ginásio que sua mãe frequentou? Você sabe onde
os seus pais se conheceram? Você sabe se na sua família já aconteceu alguma
doença séria ou algo realmente terrível? Você sabe a história do seu
nascimento"?
Quanto mais as crianças sabiam
sobre a história da sua família, mais forte era seu senso de controle sobre
suas vidas, mais elevado era sua autoestima e mais elas achavam que suas
famílias funcionavam de uma forma bem sucedida. Essa escala “Você Sabe”? é o
melhor previsor para a saúde emocional da criança, felicidade e resiliência –
sua capacidade de encarar desafios e aliviar o estresse.
Os psicólogos descobriram que
cada família tem um de três tipos de narrativas unificadoras.
A primeira é a narrativa da
ascensão da família: “Filho, quando chegamos nesta área, não tínhamos nada.
Nossa família trabalhou. Abrimos uma loja. Seu avô foi para o colegial. Seu pai
foi para a faculdade. E agora você....”
A segunda é a narrativa do
descenso da família: “Querido, nós tínhamos de tudo. Mas aí perdemos tudo”.
A narrativa mais saudável é a da
família oscilante: “Querido, deixe-me te contar, nós tivemos altos e baixos na
nossa família. Construímos um negócio familiar. Seu avô era um pilar na
comunidade. Sua mãe fazia parte do conselho do hospital. Mas nós também tivemos
reveses. Você teve um tio que certa vez foi preso. Tivemos uma casa que pegou
fogo. Seu pai ficou desempregado. Mas o que quer que tenha acontecido, sempre
nos mantivemos unidos como família”.
O Dr. Duke disse que as crianças
com mais autoconfiança são aquelas que ele e o Dr. Fivush classificam como
tendo uma “forte identidade intergeracional”. Elas sabem que fazem parte de
algo maior do que elas mesmas.
Em suma: Se você quer uma família
mais feliz, crie, refina e reconte a história dos momentos positivos da sua
família, e a capacidade dela de superar os momentos difíceis pelos quais
passou. Esse ato por si só pode aumentar as chances da sua família florescer
por muitas gerações no porvir.
[do artigo “The Stories that Bind
Us” (“As Histórias que Nos Unem”) por Bruce Feiler, New York Times, 15 de março
de 2013]
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